- Não, Donald não é filho de chocadeira. Segundo o cartunista Don Rosa, que escreveu “A Saga do Tio Patinhas”, em 1992, a partir da obra de Carl Barks, o personagem é filho do casal Quackmore MacDuck, filho da Vovó Donalda, e Hortense Duck, irmã do Tio Patinhas.
- Criado em 1934, Donald Fauntleroy Duck, seu nome de batismo, não ficou muito tempo sozinho. Três anos depois, Al Taliaferro criou os sobrinhos Huguinho, Zezinho e Luisinho. A identidade do pai deles nunca foi revelada. Já a mãe dos garotos é Dumbella, a irmã gêmea do Pato Donald.
- Morador da Rua das Flores, nº 13, Patópolis, Donald tem em sua garagem um American Bantam Roadster 1938, um modelo conversível vermelho, com banco traseiro retrátil. O carango foi apelidado por Carl Barks de Belchfire Runabout 1934 (“Arrota fogo por aí”, em livre tradução). A placa é 313.
- A eterna namorada do Donald, Margarida, deu o ar de sua graça pela primeira vez em 1940, no curta “O Senhor Pato Sai de Casa” (“Mr. Duck Steps Out”). No mesmo ano, ela estreou nas tiras de jornal, pelas mãos de Bob Karp e Al Taliaferro e, três anos depois, nas revistas em quadrinhos, pelas mãos de Carl Barks.

O cartunista Don Rosa
- A criação do sortudo Gastão, ganso que disputa o coração de Margarida com o desafortunado Donald, causou uma dor de cabeça extra a Carl Barks. Sua mulher, Margaret Wynnfred Williams, vivia criticando o marido por tê-lo criado, em 1947. O motivo é simples: assim como os leitores, Margaret torcia pelo Donald.
- Ao longo dos anos, Donald exerceu as mais diferentes profissões: de barbeiro a detetive, de guarda a carteiro. Até como repórter do jornal “A Patada” já trabalhou. “Como os patos vivem na água, Disney achou por bem vestir o Donald com uma blusa de marinheiro e um quepe de marujo”, desvenda Ginha Nader.
- A exemplo de Pateta e Peninha, Donald também tem uma versão heroica. Seu alter ego mascarado é o Superpato, criado na Itália, em 8 de junho de 1969, pelo roteirista Guido Martina e o desenhista Giovani Battista Carpi. Logo o Superpato foi publicado em outros países, como França, Alemanha e Dinamarca.
- Um de seus mais famosos curtas é “A Face do Fuhrer” (“Der Fuehrer’s Face”). Nele, Donald trabalha como operário numa fábrica de mísseis da Alemanha durante a Segunda Guerra. Produzido em 1942, o desenho tece duras críticas ao regime nazista de Adolf Hitler. Ganhou o Oscar de melhor curta de animação.
- Em 1971, o escritor chileno Ariel Dorfman e o sociólogo belga Armand Mattelart lançaram Para Ler o Pato Donald. No livro, retratam o Tio Patinhas como imperialista ganancioso e o Donald como proletário submisso. “Os próprios autores consideram esse livro uma cartilha política”, observa Roberto Elísio.
- Em 2004, por conta de seu 70º aniversário, Donald ganhou uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood, em Los Angeles (EUA). Na ocasião, ele foi “representado” pelo então presidente da Walt Disney Company, Michael Eisner. Mickey, Minnie e Pluto compareceram à cerimônia.

Nenhum comentário:
Postar um comentário